Prometa Que Irá Curar

Marcadores:

Feito por: [juliruiz@terra.com.br]

Cap 1- A dor, a cura para a dor do veneno.

-Ela está respirando com dificuldade…

Ele olhava preocupado enquanto aquela velha cuidava dela. Ela era uma burra em sua opinião, por que ela fez isso?

***Flashback***

-Ora o meio youkai Inu-Yasha só tem essa força?

Seu rosto contorceu-se em fúria, Narakui brincava com ele… Não gostava disso, aquele sujo que havia separado ele de Kikiyou.

-INU-YASHA! -Disse Kagome correndo para o campo de batalha após de livrar-se de algumas marionetes.

-Você vai ver minha força Naraku! -Disse ele se colocando em posição de ataque com a Tessaiga nas mãos.

Nakaru começou a correr em volta de Inu-Yasha. Desaparece.

-Hã onde…?

-Cuidado! -Diz a jovem jogando-se na frente do meio youkai.

-O que? -Diz ele olhando para trás, ele viu. A sua protegida, absorvendo o veneno que o adversário iria jogar em Inu-Yasha.

-Ka-Kagome! -E ela caiu desmaiada no chão.

-Acho que teremos que deixar nossa pequena festinha para depois. Até mais Inu-Yasha! -Diz Naraku.

-NARAKU! -Berra aquele que tinha Kagome nos braços com discretas lagrimas nos olhos.

***Fim do flashback***

Ela foi atingida, a sua protegida, aquela que estimava, talvez amava, por que ela fez isso? Por que arriscou a própria vida? Por que? Ela era importante, ele poderia ter desviado, mas ela… Agora estava sofrendo talvez mais que ela, aquele veneno, maldito Naraku!

-Ela ficará bem Senhora Kaede? -Fala também muito preocupado Miroku.

Não ouve resposta.

-Ka-Kag… -Disse Shippou num tom choroso -KAGOME! NÃO MORRE! -Gritou abrindo um berreiro.

Morrer… Não! Só a idéia de ela morrer cortava com um punhal que corta a alma que nunca iria parar de sangrar nunca! Só de pensar em seu futuro sem ela… Não havia! Não conseguia! Ela mexia muito com ele, tanto que sem ela não conseguia imaginar-se, ela conseguia fazer brotar em sua alma sentimentos nobres e belos.

-Senhora Kaede?

Ela com aquela pele sem vida, pálida como a lua que reinava lá fora junto com suas estrelas, estrelas sem vida sem ela. Se ela morresse sua alma iria junto com a dela.

-Miroku… Eu não tenho certeza. É muito difícil para eu dar certeza disso… Nunca vi esse tipo de veneno. Não sei que erva poderá faze-la melhorar.

Ela não sabia… Então como ela ficaria boa? Como?Será que ninguém se importava? O que seria dele? Como seria, como poderia ficar sem olhar para ela, sem ouvir sua voz, até mesmo sem “sentar”?

-Mas e se alguém souber?

Se alguém souber? Sim alguém poderia saber, cura-la. Assim poderia ver aqueles olhos, o brilho daqueles olhos nela, olhos tão belos… Olhos que fascinavam, seus olhos.

-Não se, sou uma das melhores curandeiras. Se eu não conheço, provavelmente muito poucos sabem.

Suas esperanças eram despedaçadas com vidro, em mil cacos, sua alma era estraçalhada cada vez mais. Quem iria ajuda-la agora, ela se sacrificou por ele. Por causa dele que aquela tola estava semimorta.

-Quem?

-Não sei te dizer… Só existiriam duas pessoas que saberiam a cura.

Duas? Sim ela poderia voltar a viver e sorrir, animar a todos, sorrir.

-Senhora Kaede quem seriam?

-Naraku…

Todos ficaram perplexos, quem iria implorar a cura para Naraku? Aquele sujo que havia feito isso, feito o brilho do olhos dela, o sorriso de seus lábios se apagaram, talvez para sempre!

-E a se-segunda? -Disse receoso o monge.

-Acho que Inu-Yasha não irá gostar muito…

Ele não respondeu, só olhava pela janela com os olhos úmidos, maldito Naraku, primeiro tirou Kikyou dele. Agora tiraria Kagome também? Mas por que não gostaria, queria ela viva, gostando ou não… Ela era o seu motivo.

-Bem já a vi curando alguém com sintomas parecidos…

-Mas você disse que…

-Faz muito tempo que esse veneno não aparece, nunca achei que iria precisar de sua cura.

-Não enrola sua velha! Diga logo! -Falou Inu-Yasha perdendo a paciência. Olhando furioso para todos.

-Mais respeito com a Senhora Kaede Inu-Yasha! -Reprova o monge, mas para vendo uma pequena e visível lagrima do canto do olho do meio-youkai… Não devia ser tão duro com ele. Ele era quem sofria mais com isso. -Inu-Yasha…

O silencio tomou conta do aposento. Ninguém ousou falar, todos fitavam quem sofria mais e abaixaram as cabeças.

-Não quero que tenham pena de mim! BAH! Humanos… Fale logo senão ela pode morrer!

Somente os lábios de Kaede mexeram-se devagar.

-O que?

-Só ela pode ajudar ela…

-Ela quem velha!?

-Ela Inu-Yasha! Ela, Kikyou!

Os olhos do demônio arregalaram-se. Kikyou…?

-Kikyou… -Sussurrou.

-Sim, ela curou uma garotinha com esse veneno.

-Mas ela…

-Sem “mas”! Só Kikyou poderá curar Kagome.

-Se é assim eu com todo prazer, irei buscar a senhorita Kikyou, ele não pode estar tão má assim… Não é? -Falou Miroku esboçando um sorriso.Tentando inspirar confiança.

-Eu…

-Não precisa ir se essa não for a sua vontade Inu-Yasha, sabemos que é muito difícil para você ver a Kik…

-Cale-se monge! Eu quero salva-la! -Arregalou os olhos e murmurou -Mesmo que tenha que falar com Kikyou.

-Inu-Yasha…

-Você vai salva-lá então? -Disse uma voz rouca. Todos olharam. Era Shipoou. -Vai Inu-Yasha?

-Bah! Vamos logo!

-Cof, Cof, cof.

-Shipoou pegue uma compressa! Rápido! E vocês, Miroku e Inu-Yasha vão logo! Assim não dará tempo!

CAP 2- O chamado de Kagome

-Como iremos acha-la? Normalmente ela que vem até nós… Não nós até a mesma.

-Miroku cale-se!

-De alguma forma ela também sabe nos encontrar quando precisamos…

-Então por que não aparece…? -Murmurou Inu-Yasha. Por que não aparecia?

-De qualquer forma vamos por ali!

-Pela floresta?

-Sim! A senhorita Kikyou gostava de árvores pelo que me consta. Não é mesmo Inu-Yasha.

Ele sabia, mas a lembrança dela doía. Doía muito… Doía lembrar dela colhendo flores, ervas, bebendo água e praticando com o arco e flecha. Não! Agora teria que pensar em Kagome! Sim, teria que pensar em curar Kagome!

-Não sei…Está escuro, melhor acamparmos aqui.

-O QUE? MAS E KAGOME SEU MONGE DESPRESIVÉL!?

O monge o olhou com calma, mas com preocupação também, fechou os olhos e respondeu:

-Se formos mortos nada adiantará… Não conseguiremos levar o remédio.

-Você esta duvidando que eu acabe com alguns Youkais na floresta Miroku?

Como ele poderia duvidar de sua força? Como poderia duvidar de seus poderes? Fazia tudo por ela… TUDO!

-Não duvido de nada Inu-Yasha… Mas olhe seu estado de espírito! Esta frustrado… Receoso! Não conseguia se concentrar, assim como eu. Vamos planejar algo melhor!

-Kagome…

-Inu-Yasha, o que você sente por Kagome?

Era uma pergunta indiscreta… Por que a pergunta numa hora dessas?

-Por que a pergunta?

-Você chorava… Quem você ama?

-O que? -Para que a pergunta? Como assim quem ele amava? O que ele gostaria de dizer?

-Kikyou ou Kagome. -Falou como se fosse uma afirmação -Ás vezes fico em dúvida… Tem vezes que você olha nos olhos de Kagome e realmente, qualquer um vê a Kikyou lá… Elas têm o mesmo olhar bondoso e determinado, melhor. A Kikyou tinha, dó vejo ódio em seu olhar… A quem você ama, a Kagome ou a Kikyou?

O meio-youkai olhou para a lua… Seu brilho prateado inundava o céu. As nuvens eram como um véu tentando apagar o brilho, esconder o mesmo véu que ele usava…

-Pode responder depois, quando seu coração decidir o que fazer… As coisas para o amor têm um tempo, há tempo para tudo Inu-Yasha… Você precisa de tempo para se conhecer melhor seu eu.

-Meu eu…

-Reflita Inu-Yasha! Enquanto isso… Bem, vamos pensar em onde estaria Kikyou.

-Seu monge o que você quer que eu faça?! Reflita ou pense num plano?!

-A prioridade é Kagome para mim agora. Faça a sua prioridade!

Inu-Yasha ficou em silêncio, com os olhos arregalados. A prioridade era Kagome, é claro! Mas por que? Por que ele fez uma pergunta tão estúpida?

-Ela esteve há pouco tempo na vila… Pelo o que aquela velha me disse, quer vingança contra Naraku também.

-Hum… Então onde está Naraku a senhorita provavelmente estará perto.

-Posso farejar também…

-Ela também.

-Como?!

-Ela pode nos achar, ela sente nossas presenças.

Ele ficou parado, olhando para a lua, as nuvens ainda estavam lá, se movimentando, mas nunca deixavam de tentar impedir que o brilho da lua continuasse.

-Em pensar que ela pode estar nos observando nesse momento e falando: “Eu te odeio Inu-Yasha, nunca ajudarei você, nunca!”.

O monge deu um discreto sorriso… Sim ela poderia estar a essa hora falando isso.

-Inu-Yasha, sinta o cheiro dela… Pelo menos vamos seguir uma rota melhor assim…

***

-Ela esta com febre!!!

-Shippou acalme-se…

-Senhora Kaede aqui estão as ervas que a senhora me pediu.

-Obrigada. Pronto… Acho que irá melhor da febre agora. Shippou tire a água do fogo. De-me a compressa.

-AIAIAIAIAIAIAIAI!! Ta quente!!! Minha mããããooooo!

-Cuidado Shippou está fervendo! Deixa que eu faço isso.

Ela pegou a água colou um pouco em uma bacia e o resto num copo colocou as ervas já moidas lá e começou a fazer a compressa em Kagome.

****

“Onde estou?”.

Tudo era uma densa neblina e ela, confusa olhava em volta para tudo aquilo. No meio da neblina se formou uma silhueta… Era Inu-Yasha! Sim ele estava lá… Olhou para ela e ela se olhou.

“AH! ESTOU NUA! INU-YASHA SENTA!”.

Mas ele não se mexeu… Desapareceu se desfazendo em fumaça.

“Inu-Yasha? Minha voz… Não sei se falo ou se penso… Onde estou!?”.

De repente sentiu gelar-se… Água? Ela estava indo para água?

“Água… Brrr está fria…”.

Ela afundava cada vez mais… Mais.

“SOCORRO! Alguém me ajude!”.

Ninguém ouvia e ela continuava a afundar.

“Alguém… Não consigo respirar… Me ajude, por favor…”.

E Kagome continuou afundando…

“…Inu-Yasha…”.

****

-Hã?

-O que foi Inu-Yasha?

-Parece que ouvi alguém me chamando… A voz de Kagome pedia ajuda…

-Você deve a amar tanto que esta tendo alucinações!

-ORA! CALE A BOCA! -E com a cara emburrada continuou a farejar, mas seus pensamentos estavam nela, em Kagome.

“Eu vou te ajudar Kagome! Eu prometo”.

Cap-3 Quando quase tudo acaba mal….

-Ela está naquela direção. -Disse o meio-youkai apontando para o norte.

-Aquela direção?

-Sim…

-Mas lá fica uma outra aldeia, por que era iria para lá… Mas, bem seu nariz quase nunca se engana… E também vá saber o que a senhorita Kikyou pensa? -O monge novamente tentou sorrir para encorajar.

O meio youkai olhou para ele, não sabia dar-lhe muito bem com sentimentos, aquele sorriso o atrapalhava.

-Eu tenho nojo desse seu sorriso!

-Inu-Yasha! Sempre que alguém quer ser gentil com você, sua resposta é malcriada! Tenha modos.

-Bah! Humanos…

-A Kagome também é humana e você não tem nojo dela! A Kikyou também, você se apaixonou por ela!

-Cale-se! -E emburrado começou a caminhar em direção a vila.

-Ei! Para onde pensa que vai.

-Eu? Procurar a Kikyou, a Kagome não pode esperar nosso “estado de espírito” melhorar.

-Duvido que ela ficaria feliz em ver você morto.

Ele abaixou a cabeça num silêncio fúnebre, seus pensamentos eram confusos. Será que realmente ela se importaria com sua vida?

-Ela se importar com minha vida dessa maneira?

Miroku o olhou com reprovação, como era tolo aquele meio youkai… Como era tolo, será que a sua parte humana não percebia os sentimentos?

-Sim, ela importa-se com sua vida! E muito! Se não por que chegaria a ponto de sacrificar sua vida por você? Foi por isso que ela se feriu, por você!

-Por mim… Mas se ela fez isso por mim, também farei por ela. Você vem ou não monge?

O monge sorriu.

-Sim eu tinha razão… -Sussurrou -Agora, depois disso, ela também irá acreditar.

-VAMOS! -Disse com a cara emburrada de sempre.

E caminharam, com destino a floresta.

****

-Aiai…

Pare de reclamar! Você que não tomou cuidado com o do fogo! Ainda tenho que cuidar de Kagome, não posso me demorar com você. Pronto.

A ânsia terminou de enfaixar as mãos do filhote de raposa, em seguida limpou o suor da testa da garota que repousava, respirando com dificuldade, a maldita febre que baixava aos poucos, mas rapidamente subia novamente.

-Quer que eu tome conta dela?

-Não. -Disse Kaede procurando algo -A sim! Esta aqui…

-Por que? -Disse enquanto olhava a senhora Kaede picar uma erva.

-Por que o que?

-AHHH!!! Por que você não quer que eu tome conta de Kagome-chan?

-Simples, a febre dela esta estável, mas logo ira subir novamente e… -Calou-se ao perceber os olhos marejados do pequenino ao seu lado.

-Ela vai morrer? -Disse já, novamente, entre lagrimas.

-Não, enquanto estiver aqui ela não ira morrer…

“Inu-Yasha” Pensou “Não poderei mantê-la assim por muito tempo, depressa!”.

-Kaede-san?-Disse uma mulher estranha na porta.

-Sim?

-Deseja algo? Irei buscar água, mas se…

-Vá buscar água então… Por enquanto estou bem aqui sozinha.

-Certo. -E saiu.

Ela olhou para a garota novamente, pousou a mão em sua fronte, a febre começou a subir novamente.

-Vai ser uma longa noite. -Sussurrou enquanto Shippou enxugava as lagrimas.

****

-GARRAS RETALHADORAS DE ALMA!

-Inu-yasha! Não se deve matar Youkais assim.

-Não me importo, quero acha-la logo.

-Você precisa ter mias respeito com os outros Inu-Yasha!

Inu-Yasha olhou para a lua, e depois para Miroku, tinha uma expressão dura e gelada. Novamente ensinando seus princípios de ética, mas porque aprende-los se o monge era mais sem ética que o meio-youkai?

-Bah! -Disse continuando a caminhar.

-Bah? É assim que se fala? E você não tem que ficar desperdiçando vidas de Youkais desse jeito!

Mas ele não deu ouvidos e continuou sua caminhada.

-Não me ignore Inu-Yasha…

-Não me aborreça monge estúpido.

O jovem monge olhou par seu companheiro com cara de desapontamento, seria ele assim tão frio? Sem consideração?

Andavam num ritimo acelerado.

-Calma! Não gaste todas sua energias…

-Cale-se Miroku!

-Sejas mais educado!

“Como esse monge idiota pode preocupar-se com boas-maneiras quando ela esta em perigo?”.

A floresta era irregular, era difícil andar pelas pedras ou raízes. O ar era úmido, o ambiente sombrio, eles ouviam o som dos próprios passos, rápidos e da respiração acelerada.

-Tem certeza que é por aqui?

-Tenho. -Disse correndo. Estava perto muito perto…

Sem ver o que tinha a sua frente, sem nenhuma cerimônia, saltou, imponente, seguindo o rastro do cheiro da Miko, esse aroma qual ela tinha se aproximava. Não podia perder agora… Não agora!

Se preparando para dar mais um impulso no chão teve uma surpresa.

SPLASH!

-Inu-Yasha?! -Miroku correu ao ouvir o barulho de água, viu Inu-Yasha encharcado num pequeno riacho sentado de cara amarrada -Viu só? Isso é o qu… CUIDADO!

-o QUE?! Arg! O que é isso?

Era verde acido, peixes? Algum tipo de piranhas, com um único chifre na testa, mas ferozmente, famintos, mordiam o meio-youkai.

-Que droga de coisas são essas? -Disse se debatendo tentando inutilmente livrar-se deles.

Eles lhe mordiam a carne, fazendo escorrer o sangue, vermelho escuro, quente, vivo pela roupa.

-Ora seus… Ah…! Isso… Ah… Isso… -Disse segurando o ombro.

-Droga! Inu-Yasha saia daí! Inu-Yasha! -Disse correndo, mas tropeçou num deles, com seu cajado (N/a: Quem souber o nome daquele cajado lá que o Miroku segura me fale, oks?^^ Obrigada^^) Bateu nele, mas vinham muitos e num movimento seguido ficou, aflito girando o objeto como escudo, impossibilitado de ajudar Inu-Yasha, confiou no colega. Ele daria um jeito.

Continuam mordendo, enfiando os dentes, fazendo mais sangue sair, Inu-Yasha só podia olhar, seus braços não se mexiam.

Saltando com a força que lhe restava saiu da água, já manchada de sangue, os braços estavam moles, inutilizáveis. Não poderia usar a tessaiga, nem sua técnica.

Sentou-se por um momento, olhando aquelas criaturas tomando o sangue na água… Que horror! Elas queriam… Queriam sangue!

Com uma sombra de pavor em seus olhos continuava olhando aquilo, viu Miroko levantar-se recuar um pouco, parecia que também havia percebido do que aquelas criaturas tinham sede. Suspirou… Ainda não podia usar os braços.

Em outro tempo gostaria que esses bichos comessem vivo o Miroku, mas agora ele não era importante. Ela sim… Precisaria sair logo daí se quisesse e ver seu sorriso novamente.

Andou um pouco para traz, fechou os olhos… Teria que relaxar se quisesse voltar ao normal. Devagar abriu os olhos, sua face tornou-se branca, não tinha mais nenhuma mancha vermelha no riacho… Nem os bichos. Onde eles estariam agora?

-O que… -Suas orelhas de cachorro moveram-se. Um movimento… Alguém estava vindo.

A primeiro momento saltou, viu os pontos verdes acido correndo sem sua direção.

Pousou, estava frago, havia perdido muito sangue. Aquelas ferinhas… Acabaram com ele, mesmo sendo tão pequenas, mas eram muitas.

Respirava com dificuldade… Até que sentiu uma mordida em sua perna esquerda.

-Arg… Droga… Não consigo, mas Ka-Kagome…

Eles continuam saboreando aquele liquido quente da perna esquerda dele. Mordiam aranham querendo mais… Ele gritava internamente, sua face cada vez mais branca.

-AI! -Sacudiu a cabeça, retirando um que estaa puxando suas orelhas e somente com a perna direita funcionando deu um pulo até uma pedra no lago equilibrando-se.

Sentiu uma coisa, gelada, úmida, escamosa o puxando para dentro d´água. Com o choque soltou muito ar, deixando ir embora… Sentia seu corpo se despedaçando… Sim estavam o comendo novamente…

“Kagome!”.

******

“Kagome” Ouviu, um pedido de socorro, seu nome, mas o tem de voz era preocupado, triste, desesperado.

Devagar abriu os olhos, ainda estava dentro d’água… Havia parado de afundar. Estava abraçada aos seus joelhos… Estava gelado, não sentia seus pés, tinha tontura. Era a falta de oxigênio. Queria pensar, mas não conseguia.

“Aquela voz… Inu-Yasha”.

Sua mente fraca e debilitada não conseguia pensar mais do que três ou quatro palavras… Estava vazia. Um vegetal.

Mas ficou pensando num jovem de cabeleira prateada. Isso milagrosamente lhe deu forças e coragem para pensar. Assim algo fez que seu pulmão recebesse ar de algum lugar.

Olhou para os lados… Estava escuro. Era frio, mas familiar. Ficou parada, tentando organizar as coisas.

“Sim… Eu defendi Inu-Yasha, mas por que? Por que ele me pediu ajuda? Eu não consigo…”.

Pensou em todos… Souta, seu avô, sua mãe… Kaede, Shippoou, Miroku e Inu-Yasha…

Olhou a escuridão ao seu redor? Onde estaria? Estaria morta ou Viva? Não sabia… Só queria ajuda…

“Não! Primeiro preciso ajudar Inu-Yasha! Onde ele está onde?”.

Tentou gritar, mas só bolhas e um murmúrio desconhecido saíram de seus lábios.

“Droga não consigo falar!”.

Tentou nadar para a superfície, mas, inutilmente gritando por ajuda e por um certo rapaz com orelhas de cachorro.

“Eu quero,..”.

Parou, havia um nó em sua garganta.

“…Mas não posso…”.

Pensava em sua família, em Naraku, Inu-Yasha, Miroku, Kaede, Shippoou… Até mesmo em Kikyou. Sem ela, talvez nunca conseguisse conhecer a maioria da lista.

“… Chorar”.

Algo a puxou e perdendo as esperanças foi levada cada vez mais para baixo…”".

******

-Minhas pernas… Não consigo… Isso paralisou meu braço e pernas…

Uma lagrima correu em sua face, seria esse seu fim, eliminado por criaturas ridículas? Não! Não poderia ser assim, teria que conseguir. Teria que curar Kagome… Mas agora…

“Kagome… Desculpe-me, mas eu não sei…”.

E perdeu a consciência… Adormecendo… Agora era comida, comida daqueles sanguinários.

Continua…..

Cap 4-Prometa que ira curar… Seu coração (parte 1)

“não desista…”.

“Nunca desista…”

-Hã? Desi… -Pergunta zonzo o meio youkai.

Ele estava zonzo, tentou pegar algum ar e fechou os olhos novamente, depois só ouviu um murmúrio dentro de sua mente.

“Obrigada Inu-Yasha…”.

***

-Vejo que acordou… Finalmente! -Falou o monge sentado ao seu lado.

Abriu bem os olhos, tentou se levantar, não conseguia, era estranho… Respirou profundamente e tentou organizar os pensamentos.

Aqueles bichinhos… Sim, eram eles estava sozinho. Eles o comendo, mas e Miroku?

-Miroku seu desgraçado.

O companheiro virou a cabeça.

-Hã? Já acorda de mau-humor?

-Hump! -Suspirou -Você me deixou sozinho com aqueles… Aqueles…

-Yonoshis? Sim. Achei que pudesse derrota-los sozinho, mas estava enganado. -Falou olhando para as varia faixas a mostra no corpo do meio youkai.

-Essas faixas…

-Eu não sou bom nessas coisas Inu-Yasha. Estão mal colocadas, eu sei, mas é preciso.

O rapaz de cabeleira prateada virou para o outro lado e viu a luz no horizonte devia estar perto do amanhecer… Sim, sentir o calor do sol em sua pele machucada, mas e Kagome?

-Kagome…

-Não. -Respondeu Miroku.

-O que?

-Não podemos achar Kikyou agora.. Olhe para você, nem consegue mexer se quer um dedo, quanto mais as pernas?

-Eu fiz uma promessa.

O monge o olhou com espanto, se ainda se lembrava corretamente essa seria a segunda vez que ele mencionava essa “promessa”.

-Que promessa?

-Minha promessa…-murmurou.

Miroku suspirou, apesar de se um mal-educado Inu-Yasha continha um bom coração.

-Hã? -Olhou o Hanyou surpreso -O que quer.

A cara de Miroku contorceu-se e disse:

-Eu estou estendendo-lhe a mão Inu-Yasha… poderia aceita-la? Você quer achar a Kikyou então? Vamos?

Com relutância ele se apoiou no colega e andaram em direção ao destino.

****

“Que estranho ela tem cada vez mais febre…”.

-Shippou! Venha cá!

-Sim… -Disse indo devagar.

-Continue passando essa pasta verde na testa de Kagome! Eu vou até la fora e já volto!

-Mas… Mas…

Mas ela não ouviu e continuou andando. Estava rumando para o lugar onde um dia foi o tumulo de sua querida irmã.

****

-Ai! Cuidado com isso!

-Pare de reclamar Inu-Yasha e não faça muito barulho poderá atrair youkais e nem e você temos condições de lutar.

-Bah!

E continuaram caminhando silenciosamente e Miroku começava a sussurrar algo.

-O que é isso monge?

-Sutra… -Respondeu frio e seco -Para afastar maus espíritos.

-Mas não podemos lutar com maus espíritos!

-Eu sei Inu-Yasha não sou ignorante que nem sua pessoa.. Mas onde maus espíritos se concentram pode atrair youkais e é o que menos quero agora….

“Eu também.” Pensou o Hanyou.”Só mais um pouco e acharemos…”

***

-Kikyou, minha irmã… -Disse Kaede.

Ela pegou um manto com o símbolo da lua e colocou sobre o ex-tumulo, acendeu um incenso de hortelã e começou a recitar alguns verlços:

-Pela terra, água, fogo e ar… O vento que leva a palavra leva a Kikyou minha presença a alma morta presa num corpo de barro e ossos que perambula por este mundo… Nesse mundo…

Um vento gelado tratou a soprar e a presença de Kaede seguiu o vento que carregava aquela fumaça de incenso onde ela estava.

***

-Inu-Yasha você é muito pesado! Não tente mexer-se tanto assim poderei te apoiar…

-Posso muito bem andar só!

Irritado o monge olhou-o com uma cara de desprezo e…

CRASH!

-Muito bem ande sozinho! -Disse após jogar o meio-youkai novamente ao chão.

-EI eu não posso andar! -Disse tentando bater a mão no chão.

-Mas você afirmou que podia.

Era divertido irritar Inu-Yasha… Um meio sorriso surgiu em seus lábios, mas logo desapareceu, Kagome, ainda precisavam salva-la, não era tempo para brincadeiras.

Novamente o puxou pelo braço e caminhou para a direção onde o nariz de Inu-Yasha indicava.

****

Estava frio, tudo era branco, estava girando, era muito leve, o vento conseguia carrega-la, mas logo avistou quem queria, os cabelos negros, olhos castanhos sempre admirando observando, olhos perdidos num olhar profundos eram o que mostrava hoje, mas talvez essa fosse mesmo a expressão de um morto, não?

-Kaede? -Murmurou palavras sem expressão.

-Sim…

Ela sorriu.

-Há quanto tempo não falamos assim… Irmãzinha…

Kaede não pode deixar de sorrir também.

-Sim Kikyou a ultima vez que falamos foi muito rápido e sobre um assunto muito agradável.

“Naraku…” Pensou Kikyou enquanto fechava os punhos.

-Desculpe Irmã, mas queria pedir-lhe um grande favor…

-Que favor Kaede-chan?

-Kagome, ajude Kagome!

-Aquela garotinha. -Disse com desprezo na voz -Por que a ajudaria Kaede?

-Porque eu estou pedindo… Por favor minha irmã! Ela pode morrer…

-Menos um obstáculo em meu caminho.

-Minha irmã… Você não era assim.

-Eu era viva Kaede-chan…. Viva. Agora sou… Barro, ossos e ódio.

-Mas você…

-Sem mas Kaede! -Falou num tom imperativo -Não ajudarei aquela garotinha! Não insista! Pensei que veio falar comigo sobre coisas agradáveis mas…

-É urgente Kikyou e tirando que ela é seu obstáculo ela é um ser vivo.. Precisa de cuidados, ajude-a e ela terminara sua tarefa mais rápido! _Disse com um sorriso tímido.

-Sua tarefa….

Levantou-se e olhou o amanhecer.

“Sim a tarefa daquela garotinha, era minha tarefa, mas agora será, talves, dela”.

-A tarefa dela! Você não quer que ela cumpra Kikyou.

A miko virou-se e sorriu:

-O que devo fazer?

-Minha irmã…. -Disse Kaede com os olhos úmidos.

****

-ARG! Não agüento mais Inu-Yasha…

Inu-Yasha estava pálido. Sua respiração era rápida.

-O que… -Seus olhos arregalaram-se eram eles eram…

-Yonoshis! -Falaram juntos, Miroku pegou Inu-Yasha e esforçando-se tentaram correr a todo custo.

-DROGA! Se eu estivesse melhor…

-Cale-se Inu-Yasha! Vamos correr daqui!

Não conseguiam, Miroku não tinha força para correr carregando mais uma pessoa.

-Eu não consigo… -Disse ajoelhando-se no chão e depositando Inu-Yasha atrás de sua pessoa

Com um súbito abriu o buraco de vento sugando alguns.

Mas logo fechou.

-Miroku…?

-Eles têm veneno Inu-Yasha… Veneno paralisante…

Inu-Yasha, assustado viu-se sozinho e sem poder enfrenta-los. Deitado. Sem movimentos, não poderia ajudar Kagome. Não agora.

-AH?! -Disse assustado quando um objeto rápido cortou o ar.

Cap4(segunda parte)

-AH?! -Disse assustado quando um objeto rápido cortou o ar.

Uma, duas, três, quatro… FLECHAS?

-Mas é a…

Ele, abobado continuou olhando a silhueta que pairava em frente à lua.

-…Kikyou…

Sem resposta.

Levemente ela pousou seus pés no solo e atirou mais flechas.

O Hanyou continuou olhando afobado, como ela poderia vir?

Mais flechas cortaram o ar até que não sobrou nada, nenhum deles.

Lentamente ela se virou e os olhos dela e de Inu-Yasha se encontraram. Ficaram imóveis, parados. Seus olhos não saiam do contato.

-kikyou…

Lentamente ela foi ao seu encontro, ele olhou no fundo de seus olhos tristes… Mas não podia.

Lembrou-se dela, sim, de Kagome, de seu sorriso… E sentiu um peso na consciência.

Começou a lembrar-se Kikyou. Dela sorrindo e as pétalas de cerejeira em seu rosto.

Delicadamente ela postou a mão sobre a fronte do meio-youkai. Ele sentiu um calor, fechou os olhos, sua mente era confusa.

-Pode andar agora Inu-Yasha… Só não conseguira correr -Disse ela indo para Miroku que estava paralisado.

-Ele dormiu… Aspirou veneno demais -Ela o fez levitar -… Vamos Inu-Yasha.

Sua voz era ao mesmo tempo fria, mas tinha um sentimento.

Em passos silenciosos foram andando.

-Por que parou Inu-Yasha?

-Eu… Eu… O que faz aqui?

Ela virou-se. Tentou sorrir e levemente passou a mão na face de Inu-Yasha. Esse por sua vez ficou encantado ficou hipnotizada pelos seus olhos, sua pele, seu cheiro.

“Inu-Yasha! SENTA!”.

-O que?

Subitamente ela retirou as mãos do meio-youkai.

-O que aconteceu?

-Eu…

“Inu-Yasha o que ouve?”.

-Kagome… -Sussurrou.

“Você prefere que eu não fale? -Disse a imagem da lembrança de Kikyou sorrindo”.

-Eu… Mas Kikyou. -Olhou assustado para os lados -O que é isso? Minha cabeça dói…

-Nossos corações doem. -Disse colocando a mão sobre o peito dele.

Os rostos foram lentamente se aproximando… Devagar, confusos e lentamente seus lábios foram se aproximando.

E se tocaram, carinhos…

Pelo menos um sentia algo.

O Hanyou não conseguiu fechar os olhos nem corresponder. Não conseguia amar a quem tocava os lábios.

A imagem de Kagome foi aparecendo em mente, feliz sua voz ecoava em sua mente quando pensava nisso seu coração acelerava. Agora percebeu.

Não sentia amor pela Kikyou.

Amava Kagome, amava aquele cheiro próprio, o olhar e o sorriso dela. Não havia outra lá.

Ela se afastou dele. Seu olhar era triste, havia o perdido para sempre.

-Esse foi nosso ultimo beijo Inu-Yasha.

Este a olhou surpreso.

-Porque um beijo não se da sem amor… E você não me ama mais. Um dia você me amou tanto quanto eu te amo agora, mas isso é passado, por isso venha -Estendeu a mão para ele.

-O que?

-Venha! Vamos curar aquela que ira cura-lo. Aquela que você preza. Aquela quem confia em você.

Tremulo, aceitou a mão dela e como há muito tempo não fazia, sorriu. Sorriu pela segurança que as palavras saídas por uma voz doce, mas agora não amada lhe dirigiram.

-Sim vamos salvar Kagome…

-Talvez.

-Como?!

-Se ela merecer a minha cura.

-Merecer, por…

-Shhh! Isso é entre eu e ela. Nisso você não poderá fazer nada a não ser torcer por ela.

Devagar fechou os olhos enquanto pensava nas palavras de sua colega.

“Merecer”.

O que ela teria que fazer para merecer a vida? Não podia pagar, nem fazer nada naquele estado.

“Curar”.

A cura para vida. Ela teria que curar Kagome para viver, a vida era cara. A vida é cara, por isso a pessoa só se sacrifica quando sabe o valor de sua vida.

-Essa garota presa muito você Inu-Yasha.

-O que?

-Ela sacrificou a vida dela para salvar a sua. Mas se ela merecer realmente dar a vida dela a você eu a ajudarei. Entendeu?

Ele ficou quieto.

-Quando acontecer você ira entender.

Estava confuso, ele era um meio-youkai palavras belas e profundas não faziam muito sentido em sua mente, mas o que importava agora era Kagome.

****

-O que?

Kaede olhou para o céu e em seguida olhou para frente, viu o manto negro com a lua prateada. Estava de volta. O incenso já havia queimado. O vento acalmado.

-Kikyou obrigada. -Sorriu.

Sentiu os raios de Sol esquentarem seu corpo. Calor isso lembrava…

-FEBRE! KAGOME! O NÃO! Ela esta sozinha! Com…

Desceu para sua casa o mais rápido que pode para encontra-la. Como poderia ter esquecido Kagome com Shippou?

Num baque entrou em casa e viu a cara de Kagome verde.

-KAGOME!

Desesperada chegou mais perto e viu… Eram somente ervas.

-Shippou…

Procurou a raposina pelos cantos até que viu. Um garotinho de cabeleira ruiva com as mãos meladas e o chão cheio de papeis de bala.

-SHIPPOU! O que é isso?!

-São aquelas coisas gostosas que a Kagome traz de seu tempo. -Com as pequenas mãos meladas contou -Aquelas tais de balas, o pirulito, choco… chocolate, né? -Disse com inocência.

A senhora suspirou… Crianças…

-Mas e a Kagome? O que você fez com ela colocando tudo o que eu te dei no rosto dela.

-Ah… Esse tal de açúcar… A Kagome me disse uma vez que as vezes quando você fica triste fica com vontade disso e essa coisa que tem nos doces.

Ela revirou os olhos.

-Esta certo. Ajude-me então a limpa-la.

Ele a seguiu e lambendo os dedos com uma expressão preocupada, perguntou:

-Ela vai ficar bem?

-Sim…

Ele arregalou os olhos verdes e sorriu.

-VAI MESMO?! Como você sabe?!

-Porque ela esta vindo… E Kagome merece.

Ele se confundiu, mas não se importou muito, o importante é que ela iria ficar boa logo. Assim poderia fazer carinho nele, dar doces, passear, brincar e sorrir para ele de novo.

****

“Continuo aqui… Alguém em ajude!”.

Estava cansada, fraca, estava chorando, mesmo estando dentro d’água podia sentir que chorava, doía muito.

“Prometo Kagome! Prometo que irei te curar!”.

“Inu-Yasha…”.

“Garota seja forte”.

Ao ouvir essa frase assustou-se essa era a voz de…

“Kikyou… Eu ser forte, mas o que…”.

Forte, não era simples ser forte lá, ainda mais estando tão cansada, mas ouvir a voz daquele que estimava lhe deu tanta força que conseguiu sorrir.

“Serei forte…”.

Novamente fechou os olhos e começou a imaginar seu Inu-Yasha.

Mas dessa vez ela não afundou.

Dessa vez ela conseguiu levantar, um pouco.

Mas era um pouco.

E continuou sonhando sem perder as esperanças.

***

-Hã onde… ?

Miroku sentiu que não andava nem era carregado. Devagar virou seu pescoço… Estava flutuando. Olhou para frente e viu Inu-Yasha e alguém com cabelos compridos de cor castanha escura.

-Kikyou?

-Acordou? -Disse a voz do Hanyou.

-Sim, mas minha cabeça dói…

-Normal, por favor, não faça muito esforço, eu posso perder a concentração e deixa-lo cair. -Falou uma voz feminina.

“Definitivamente é Kikyou… Deve ser muito bonita, pena que já morreu…”.

-Como você esta andando Inu-Yasha?

-Ela ajudou a melhorar meus ferimentos. -Respondeu seco.

Suspirou, era a realidade, Inu-Yasha sempre seria o grosso e mal-educado Inu-Yasha.

-Estamos chegando a vila…

Sim já dava para ver as casa e as árvores diminuíam cada vez mais. O céu já estava laranja. Era mais um dia.

Andaram até uma casa em especial.

-Minha Irmã! -Exclamou Kaede.

Ela somente deu um sorriso discreto como resposta.

-A garota?

Kaede guiou a irmã até o lugar onde Kagome repousava.

-Gostaria de um incenso de nadeshicos, olho queimado e antes vou me purificar.

-Shippou!

Ele chegou aos tropeços.

-O que… MIROKU! INU-YASHA! OBA! QUE BOOMMM! -Disse pulando em cima do monge que despencou, parando de levitar.

-Shippou… -Disse passando a mão na cabeça.

-Não pule em mim seu bebe ridículo.

Ele deu a língua para Inu-Yasha e continuou a festejar.

-Miroku pode, por favor, pegar incensos de nadeshicos e queimar óleo?

Com um suspiro decepcionado afirmou com a cabeça, não conseguiria espiar a Senhorita Kikyou agora.

-Minha irmã espere um instante!

Ela virou seu rosto para traz e viu Kaede estendo uma veste branca a ela.

-Para a purificação…

Ela sorriu triste. Seria a ultima coisa que iria ganhar de Kaede.

-Obrigada… -E saiu para a purificação deixando para traz Kaede pegando as faixas para Inu-Yasha.

****

O céu já começava a ficar azulado quando chegou terminou de vestir-se com a veste branca, colocou os pés na água, encheu o balde de madeira com aquela água limpa e pura.

SPLASH

Derramou a água na cabeça lavando o corpo, limpando a alma, mas não aliviando o coração.

Era duro, sim, muito ter que se prender a idéia que não poderia ficar com Inu-Yasha. Ele era o SEU amor, SEU companheiro.

Mas a primeira coisa que havia aprendido quando viva era que nenhuma ordem poderia mudar o coração das pessoas. Nada poderia fazer isso. Nada

Sua alma doía, não era mais uma sacerdotisa, tão pouco mulher, era barro, ódio, terra e ossos. Pouco sobrou da antiga Kikyou, inocente, bondosa… Mas agora era hora de enterrar isso no passado e caminhar para frente, mesmo que o tempo nunca andasse para ela, antes de morrer para sempre iria fazer seu ultimo objetivo se ela fosse digna.

Jogou mais cinco ou seis baldes de água em sua cabeça. E se preparou para jogar o ultimo, mas esse era especial, nesse ela murmurou.

-Adeus… Inu-Yasha!

E a água correu, a mesma água que ia embora quando ela voltava.

***

-Você tem idéia do que sua bela irmã ira fazer senhora?

A idosa deu um olhar de reprovação para o monge e respondeu.

-Não sei… Ela só pediu aquilo… Nunca ouvi cura parecida…

-Certo…

Inu-Yasha estava num canto. Suas faixas haviam sido trocadas por novas melhores colocadas, haviam passado algumas ervas nelas.

Ao mesmo tempo em que estava feliz por provavelmente ver aquela garota novamente estava preocupado e confuso, o que seria aquele merecer que a miko tanto mencionava?

-Merecer…

-Disse alguma coisa Inu-Yasha? -Perguntou o monge se recuperando do veneno.

-Nada Miroku… Nada… -E abaixou os olhos enquanto a miko entrava novamente na casa.

-Vamos começar? -Perguntou Kikyou.

-Claro minha irmã claro…

-Me de o incenso.

Depois de ter o incenso em mãos movimentou os lábios e o incenso começou a queimar.

-Óleo.

Entregaram o balde de óleo queimado a ela. Pegou um pouco do liquido ardente e passou nas mãos, ouvidos, nariz, testa e barriga de Kagome.

-Não se preocupem… Pelo ritual o óleo não vai queimar, mas para isso, por favor, não falem uma palavra a partir de agora. E quando a cerimônia terminar em seguida joguem essas folhas -Diz dando umas folhas azuis -Assim não nos queimaremos depois.

Todos assentiram com a cabeça agora realmente iria começar o ritual para a cura desse veneno.

****

“Que cheiro bom… Nadeshicos acho… Mas como posso sentir cheiros aqui de baixo d’água?”.

Ela sentia-se leve. Calma.

“Como isso é bom… Me sinto leve… Calma…”.

“Deixe-me entrar…”.

“Entrar?”.

A jovem ficou confusa, o que seria entrar?

“Relaxe e deixe-me entrar…”.

“Aonde?”.

“Na água…”.

“Claro…” Estava zonza, mas aquela voz era tão segura…

“Obrigada…”.

***

Depois de sussurrar palavras para Kagome ouvir pelo incenso Kikyou pegou o olho queimado o passou nas mãos e testa e seus pés, agarrou as mãos da colegial respirou o incenso profundamente e assim que soltou caiu ainda segurando as mãos da garota.

-S…

Antes que o monge falasse, Kaede fez um gesto de silencio.

Ele abaixou a cabeça e assim todos ficaram olhando, somente poderiam esperar…

****

Sentiu um calor em suas mãos. Era um calor superficial, podia sentir que dentro daquilo era frio.

Mãos começaram a surgir segurando as suas, o corpo devagar se reconstituindo a partir de pequenas bolas de luz se agrupando no meio daquilo onde estava, de onde vinha àquela luz?

“Olá Kagome”.

Era… Kikyou!

“Acalme-se garota, não quer sair daqui? Sair de dentro de sua própria alma?”.

“Minha alma?”.

“Sim, isso onde você esta mergulhada é sua alma, a parte mais escura dela”.

“Mas eu fui envenenada, acho… Por que isso?”.

Ela balançou a cabeça.

“Não era um veneno comum. Essa erva nos leva a mergulhar no fundo mais escuro de nossa alma”.

Então era isso, esse tempo todo de agonia. Esse tempo todo vendo sas pessoas que gostava era porque estava dentro de sua alma?

O medo que tinha de Kikyou se decepou por inteiro. Algo dizia que poderia, dessa vez, confiar nela.

“Ficarei aqui para sempre?”.

“Talvez sim… Talvez não. Tudo depende de você garota”.

“Depender como, se nem consigo ir para cima?”.

De repente começou a ficar tonta novamente. O ar faltava novamente justo agora que talvez conseguisse voltar.

As mãos da miko passaram sobre seu nariz e por um milagre conseguia respirar… Respirar o ar dissolvido na água.

“Como…?”.

“Eu já estou morta não preciso respirar aqui numa alma, que também foi minha um dia e eu consigo controla-la melhor que você”.

Elas ficaram em silencio por alguns instantes até que a sacerdotisa resolveu falar.

“Como disse vai depender de você, mas precisara merecer para voltar”.

“Merecer?”.

“Sim… Terá que fazer uma promessa para mim se quiser voltar e terá que cumprir…”.

“Promessa?”.

“Se não cumprir irei te matar com minhas próprias mãos”.

Kagome ficou assustada. Iria morrer pelas mãos dela?

“O que você sente pelo Inu-Yasha?”.

“Pelo Inu-Yasha? Eu…”.

Kikyou colocou um dos dedos na testa de Kagome e ao lado delas surgiu um rosto… Era rosto dele sorrindo, com a Tessaiga nos ombros.

Era uma imagem bonita, essa imagem brilhava. A segiur destas vieram varias. Uma em especial ele estava de cabelos negros, sua voz ecoou.

“Pode me dar seu colo?… Seu cheiro é bom…”.

E a voz dele continuou a ecoar…

“Eu senti medo… Muito medo” Ecoava numa imagem enquanto ele a abraçava.

“Inu-Yasha…”.

Ela observou a expressão do rosto da garota e sentiu uma pontada no coração, ela o amava. Mesmo dizendo adeus não conseguia se livrar dele, mas iria esquece-lo e vingar-se de Naraku.

Com um estalo de dedos tudo sumiu e voltou a ser apenas naquela fria paisagem somente Kikyou e Kagome.

“Já que você sente isso por ele me prometa”.

“Prometer?”.

“Sim, prometa que ira curar o coração dele. Curar o coração de Inu-Yasha!”.

“Curar o coração de Inu-Yasha… Não sei se posso… Ele não me…”

“Não se justifique nem fale no que ele sente. Somente prometa”.

“Mas…”.

“SE O AMA PROMETA! SE QUISER VÊ-LO NOVAMENTE E O TER PARA SI PROMETA!”

Ela abaixou a cabeça e sorriu.

“Prometo”.

O rosto de Kikyou continuou sério, mas ela começou a subir e entendeu a mão para a colegial.

“Venha! Não quer subir?”.

A garota aceitou a mão da miko e continuava a subir… Subir conseguia ver luz, sim conseguia ver estava perto iria…

***

O corpo deitado de Kagome pegou respirou profundamente.

Kikyou abriu os olhos, devagar, rapidamente os demais começaram a jogar ervas azuis nela, pelo óleo.

-Joguem nela também, apontou para a garota.

Olhares preocupados pousaram sobre ela.

-Não se preocupem. Ela ira acordar. Porque ela mereceu.

Virou-se e rumou para a saída até que parou e falou para Inu-Yasha:

-Meu ódio só ira sumir quando você e Naraku estiverem mortos. -Disse e continuou a andar rumando para onde o vento a levar.

****

Sentiu raios o calor dos raios de sol. Era dia?

Devagar abriu os olhos e fitou tudo a sua volta.

Havia voltado de dentro de sua própria alma. Kikyou havia a curado.

-Eu prometi que iria…

Preguiçosamente levantou-se apesar de ainda estar cansada havia prometido, mas não era só pela promessa que iria fazer aquilo.

-Eu também quero fazer aquilo porque eu sinto uma coisa muito forte por ele… -Murmurou.

-Já acordou! -Disse Kaede.

-Bom dia! -Sorriu.

-Que bom depois que Kikyou foi embora continua a dormir por quatro dias… Achamos que não iria mais acordar.

-Quatro dias… -Respirou fundo. Como era bom poder respirar assim -Onde estão todos?

-Saíram…

-Certo… Vou procura-los!

-Mas você esta se sentindo bem?

Ela deu um sorriso maravilhoso e radiante.

-Muito bem! -E saiu.

***

-Kagome…

Ele saiu logo de manhã cedo por insistência da senhora Kaede, não havia saído de perto de Kagome nos quatro dias.

-Será que ela está bem?

Fechou os olhos pelo menos devia estar bem…

Ouvindo o som dos pássaros sentiu os aromas doces que compunham o ambiente… As cerejeiras… O orvalho… O cheiro de terra… o cheiro de Kagome…

Surpreso abriu os olhos. Cheiro de Kagome? Como?

Não muito longe dali ouviu o som de sua voz murmurando algo, de seus passos doces e leves como o de uma fada.

Seguiu-a e ela olhou para traz.

-Inu-Yasha…

Ela se aproximou dele.

-Quem bom que você esta bem… -olhou para baixo -Fiquei com medo que você se machucasse… Desculpe por me jogar em sua frente.

-Ainda bem que você sobreviveu… -Disse colanco uma mecha de cabelo dela para traz.

-Você esta ferido! -Disse apontando para uma faixa no hanyou.

-Sim… Mas já estou melhor. -Disse se sentando.

-Que bom! -Ela sorriu.

Ele corou, mas ao mesmo tempo aliviou-se… Em pensar que talvez nunca mais iria ver esse sorriso novamente.

-Ela não é toda má Inu-Yasha.

-Quem?

-A Kikyou…

Ele ficou em silêncio, mesmo não sentindo amor por Kikyou algo ainda restava em seu peito, na ferida de seu coração machucado.

Ela sentou-se ao seu lado e apoiou a cabeça em seu ombro.

-Estou feliz por estar de volta.

-Eu também… -Murmurou.

O clima era harmonioso, seus lábios cheios de paixão se aproximavam, cada vez mais, ela a enlaçou e se tocaram.

Era mágico. Finalmente poderiam revelar seus sentimentos. Sentiam um misto de sensações, tudo o que importava eram eles e esses sentimentos quentes brotando no peito um do outro.

Devagar se separaram.

-Kagome eu te…

-KAGOME-CHAN! -Falou uma vozinha alegre correndo ao seu encontro.

-Shippou… -Falaram os dois desapontados.

-Que bom que você esta beemmm!

Ela deu um sorriso amarelo.

-Vamos para lá! -Disse apontando para uma macieira.

-Já vou!

E a raposina correu alegremente pelo campo sorrindo e rindo.

-Eu também Inu-Yasha.

-Hã? -Disse corado olhando para ela.

-Eu também te amo.

Ele ficou assustado a principio, mas sorriu. Um sorriso terno e simples.

Ela sorriu também e pegou a mão dele.

-Vamos? -Disse apontando para a macieira.

-Vamos… Querida Kagome.

E foram andando para a macieira. Sorrindo de mãos dadas. Foram andando, felizes, pois sabiam que se amavam e nada nem ninguém iriam atrapalha-los nada.

-Pelo jeito a garota esta cumprindo a promessa.

E Kikyou se virou esta triste e feliz, mas o que era importante nesse momento era de que eles encontrassem a felicidade e ela curasse o coração dele. Coisa que a miko teria feito se não fosse morta, mas correu para a floresta deixando-os serem feliz enquanto podiam, enquanto tinham paz e um sorriso bobo estampado na face.

FIM!!!

____________________________________________

Sim, eh fim^^

Me mande e-mails, sim??? Repsonderie a tds com muito carinho^^ Assim saberei se vcs gostaram ou não da fic^^

Breve outro fic de Inu-Yasha, soh q eh AU… jah esta no ff.net os dois primeiros caps c quiserem ver….

Bjs, Kiki-chan

Comments (0)